segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Biografia do Charles Spurgeon


Spurgeon cria firmemente que a convicção de pecado no coração do homem era uma obra totalmente divina. Era comum ele dizer: “Não subo a este púlpito esperando que alguém, de sua livre escolha, possa se converter a Cristo. A minha esperança repousa em um outro motivo; isto é, espero que meu Mestre chegue a alguns de vocês e lhes diga, ‘tu és meu’. Minha esperança vem da gratuidade da graça, e não da liberdade da vontade”. Charles Haddon Spurgeon nasceu em Kelvedon, Inglaterra, em 19 de junho de 1834. Seu pai e seu avô eram pastores batistas; foi, portanto, educado em um ambiente cristão. Aos seis anos, já havia lido o livro “A Peregrinação do Cristão”, do puritano Miller; converteu-se em janeiro de 1850. Certa noite, porém, uma tempestade de neve impediu que o pastor de uma igreja local pudesse assumir o púlpito. Um dos membros da congregação - um humilde sapateiro - tomou a palavra e pregou de maneira bem simples uma mensagem com base em Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra. Desprovido de qualquer experiência, o pregador repetiu o versículo várias vezes antes de direcionar o apelo final. Spurgeon não conteve as lágrimas, tamanho o impacto causado pela Palavra de Deus. Início de uma nova caminhada - Após a conversão, Spurgeon começou a distribuir folhetos nas ruas e a ensinar a Bíblia na escola dominical para crianças em Newmarkete Cambridge. Embora fosse jovem, Spurgeon tinha rara habilidade no manejo da Palavra e demonstrava possuir algumas características fundamentais para um pregador do Evangelho. Aos 19 anos, tornou-se pastor da Capela New Park Street, em Southwark, Londres. Seu período de avaliação naquela congregação foi de três meses; e seu pastorado durou até o fim dos seus dias. Quando Spurgeon chegou à Igreja de New Park Street, a assembléia era composta de 232 crentes. Trinta e oito anos mais tarde, o número desses havia subido para 5311. A igreja tornou-se a maior congregação independente do mundo. Spurgeon atraiu aos cultos o Primeiro Ministro W.E. Gladstone, membros da família real, membros do parlamento etc. Depois, foi construído o “Tabernáculo Metropolitano”, naquela época o maior templo protestante do mundo. Pregava constantemente para uma congregação de cerca de 6.000 pessoas. Também alcançou uma audiência maior de aproximadamente um milhão de pessoas a quem se dirigia semanalmente através de sues sermões impressos. Antes de chegar aos 20 anos, já havia pregado 600 vezes. No decurso dos anos, seus sermões foram traduzidos para 20 idiomas. No total, foi de 3561 o número de sermões que ele publicou. Spurgeon era um homem dedicado ao estudo; lia habitualmente seis livros por semana e era capaz de recordar do que havia lido mesmo depois de anos. Ao término de sua existência terrena, a sua biblioteca pessoal contava com cerca de 12.000 volumes. Muitas congregações, um seminário (Pastors College) o qual era diretor e um orfanato foram estabelecidos. Com o passar do tempo, Charles Spurgeon se tornou uma celebridade mundial. Recebia convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países como França, Escócia, Irlanda, País de Gales e Holanda. Spurgeon levava as Boas Novas não só para as reuniões ao ar livre, mas também aos maiores edifícios de 8 a 12 vezes por semana. Segundo uma de suas biografias, o maior auditório em que pregou continha, exatamente, 23.654 pessoas: este imenso público lotou o Crystal Palace, de Londres, no dia 7 de outubro de 1857, para ouvi-lo pregar por mais de duas horas. Ele via o próprio ministério como aquele de um reformador que estava trabalhando para levar os crentes de volta à verdade bíblica, da qual tão distante estavam. Embora os pastores protestantes fossem evangélicos, eles eram débeis em sua doutrina. A meta de Spurgeon era endireitar a igreja ao fazer com que ela tivesse uma doutrina sólida. Ele dizia: “O meu trabalho cotidiano é o de fazer reviver as velhas doutrinas de Gill, de Owen, de Calvino, de Agostinho e de Cristo”.A Teologia de Spurgeon era centrada em Deus, em Cristo e na total incapacidade de o homem se salvar pelo exercício do livre arbítrio; portanto, sua teologia era fortemente calvinista: “As velhas verdades que Calvino pregava, que Agostinho pregava, são as verdades que prego hoje; de outra forma seria desonesto com minha consciência e com o meu Deus. Não posso manipular a verdade. O Evangelho de John Knox é o meu Evangelho. E aquele evangelho que trovejou pela Escócia tem que trovejar de novo pela Inglaterra”. Spurgeon era um homem de oração e vivia em intensa comunhão com Deus. Eis o testemunho do americano Dr. Wayland Hoyt: “estava caminhando com ele no bosque, quando chegamos a um certo lugar e ele disse: ‘permita-me orar’. E ajoelhando-se junto a um tronco alçou sua alma a Deus na mais amorosa, fervorosa e reverente oração”.A oração era uma coisa tão natural para ele quanto respirar. Atrás de uma outra árvore, ali perto, havia um pecador escondido, que, escutando a oração de Spurgeon converteu-se imediatamente a Cristo, confessando os seus pecados e comprometendo-se a reparar o que havia feito de errado! Ele disse que sua biblioteca não era nada diante de sua sala de oração. Importância - O amor de Spurgeon tinha raízes. Casou-se em 20 de setembro de 1856 com Susana Thompson e teve dois filhos, os gêmeos não-idênticos Thomas e Charles. Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez, Susana. A importância de Charles Haddon Spurgeon como pregador só encontra parâmetros em seus trabalhos impressos. Spurgeon escreveu 135 livros durante 27 anos (1865-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos, dentre eles: O Tesouro de Davi (sobre o livro de Salmos), Manhã e Noite (devocional) e Mateus - O Evangelho do Reino. Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Na ocasião em que ele morreu - 11 de fevereiro de 1892 -, seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra. No seu túmulo estão gravadas estas humildes palavras: Aqui jaz o corpo de Carlos Haddon Spurgeon esperando o aparecimento de seu Senhor e Salvador Jesus Cristo.



Bibliografia.

1.BOYER, Orlando. Heróis da Fé-vinte homens extraordinários que incendiaram o mundo. 20ª edição. RJ. CPAD. 2001. 209-218p.
2. SPURGRON, C.H. Sermões sobre a salvação.SP. Pés. 1992.7p.
3. www.textosdareforma.net.
4. www.essencidafe.com.br.
Pr. Marcos Ubiraney Bulhões
São Carlos-SP

2 comentários:

montesinai2007 disse...

Parabens Pr Marcos Ubiraney por trazer a nossa lembrança o legado de um grande homem de Deus, que benção quase 15.000 batismos, podemos imaginar a quantidade de convertidos
PARABENS PELO BLOG

Anônimo disse...

Nossa Pastor o site do senhor está muito legal* Adorei o artigo sobre a mulher ! Que Deus continue abênçoando mais e mais ! E te faça crescer mais e mais*